domingo, 6 de março de 2016

Capitulo 58 - Ondas e Champanhe.


- Amanhã ? 

- Decidiram  adiantar a missão, amanhã a essa hora, quando estiver preso em algum lugar nas fronteiras, é desse momento que quero lembrar Aurora, de você.

- Estou com medo por você Otto.

- Sei me defender.

- Você não sabe como essas pessoas são.

- Eu sei querida, sei exatamente como são, é por isso que vou.

- Então foi por isso que me trouxe até aqui, para ter algo do que lembrar ? 

- Não. Eu a trouxe aqui para comemorar o seu aniversário. - Diz recolhendo o sorriso, Otto me encara sério como se eu acabasse de enfiar uma faca em suas costas, não era isso que eu queria, queria que a noite fosse agradável, memorável e não ser cancelada antes da hora por desentendimentos. 

- Desculpe, eu só... 

- Ouça-me querida - Diz me cortando -  No dia que vocês forem estourar o cativeiro quero que fique no mesmo time de Thalia.

- Você bebeu água do mar ?  Ela me odeia!

- Ela é uma das melhores das agentes da companhia, estará segura perto dela.

- Estaria mais segura numa piscina com tubarões famintos do que no mesmo grupo que ela.

- Aurora, ela é forte, é esperta e não é a primeira vez que ela faz isso, vão usar você como suporte, como na outra vez mas, agora - Ele inspira fundo e fecha os olhos pesadamente -  Vocês irão resgatar homens e não meninas, Thalia vai proteger você se alguém a atacar. 

- Rapazes e meninos.

- São homens se eu estiver certo, e estou, a idade máxima que terão será de vinte e cinco anos, o primeiro garoto a desaparecer foi em 1991 se a virem entrar sozinha poderão interpretar errado e tocar em você.

- Não acho que algo assim vá passar pela cabeça deles.

- São homens e nunca viram uma moça antes, acha mesmo que vão deixar a oportunidade passar ? 

- Estão trancados e sendo maltratados, acha mesmo que vão pensar em sexo no momento de uma possível fuga ?

- Talvez.

- Prontos para pedir senhor ? - Pergunta o garçom ao nosso lado, Otto ignora o cardápio e pede ostras e vinho, de entrada. Assim que o garçom desaparece no escuro sinto sua mão tocar a minha, ele faz pequenos círculos  com o dedo em volta do anel de rubi e volta  falar. 

- Estou com medo, do que aquele cara tentou fazer com você se repita.

- Está falando do Monstro ? Otto pelo amo de Deus...

- Fui proibido me preocupar com você ?

- Está se preocupando com algo que não vai acontecer, estarei de touca e dois agentes armados ficarão comigo, não sou a mesma garota de alguns meses atrás.

- As vezes esqueço que a deixei perigosa. - Diz deixando um sorriso doce voltar para seus lábios. 

- Bem, tecnicamente foi Jason. - Digo sorrindo. 

- Seguindo ordens minhas.

-Certamente. Pode me prometer uma coisa senhor Brown ?

- O que quiser senhorita Richards. 

- Quando estiver lá, trancado, pode por favor nos dar sua localização primeiro ? Quero que seja o primeiro a ser salvo.

- Por que senhorita ? 

- Quero ter certeza de que ainda estará vivo quando eu chegar.

- Estarei esperando você querida, eu prometo. - Otto segura minha mão e a leva aos lábios, inspiro fundo e tento não desperdiçar minha noite falando dela mas parece que o fantasma de Thalia se recusa a ser exorcizado. - Está tudo bem ?

- Não quero ir no mesmo grupo que Thalia  Otto, peça-me qualquer coisa menos isso.

- Não estarei lá para defender você, nem o agente Persen, ela é a melhor, quero você segura.

- Vou atrás de você, de qualquer maneira estará lá.

- Podemos fazer um acordo.

- Estou aberta a sugestões.

-Você vai com Thalia, ficará com ela até me encontrarem depois fica comigo até pegarmos todos e acharmos Charlie, acha que aguenta ? 

- É. Vou tentar. 

-Tem mais uma coisa, confia em mim querida ?

- Cegamente.

- Quero que fique longe de Antonie Carrow.

- Por quê ? 

- Ele está estranho, tentou roubar alguns arquivos de Aurora ao Norte.

- Que arquivos ?

- Acredita em mim ? 

- Sim, eu acredito, ele foi na casa da minha tia atrás de alguma coisa no escritório dela mas não encontrou, Ashe e Joana o flagraram. 

- E ele conseguiu ?

- Não, mas por que está me pedindo para ficar longe de Antonie, Otto ? 

- O conselho não quis me dizer, mas sua tia impediu que qualquer informação sobre Aurora ao Norte chegasse aos ouvidos dele.

- Acha que ela perdeu a confiança nele só por que ele virou um ex ?

- Não acho que seja apenas uma questão de confidencialidade. 

- Acha ele pode ser um traidor ? 

- Eu não sei querida, é uma acusação grave de ser dita tanto por mim quanto por você, mas Breslau é forte, se ele estivesse envolvido com qualquer quadrilha ela o prenderia sem pensar duas vezes, ele só está estranho e entrometido, quero você longe dele.

- Tudo bem.  - O garçom trás o champanhe e Otto pega uma das ostras e a vira na boca, pego uma e tento repetir o processo mas o crustáceo desliza até minha garganta e não desce, faço força e ele desliza para meu estômago, Otto sorri pra mim e  me serve uma taça de champanhe. 

- A você, que é a estrela da minha vida 

- A você, que é um príncipe na minha vida. 

    O Salmão grelhado com molho de maracujá chega quando a  garrafa do primeiro champanhe já tem acabado, comemos quase todas as ostras e depois que não tocamos mais sobre Aurora ao Norte, Thalia e Antonie ele parece mais leve, despreocupado,  nunca o vi assim tão... Risonho - Então você nunca foi a um baile ? - Pergunto sorrindo enquanto ele da a primeira garfada no salmão.

- Não é divertido dançar agarradinho com outro cara, muitos dos meus amigos compartilham da mesma opinião, então nunca fizemos. 

- Vocês poderiam tirar no cara ou coroa, quem perdesse se vestia de menina e quem ganhasse permanecia de menino, assim teriam os casais e fariam os bailes. 

- Não vou dançar com um cara vestido de menina nem pagando senhorita Richards. 

- Você é tão machista Brown.

- Chama-se auto-preservação, eles não iriam resistir a mim vestindo smoking e iriam querer me levar para  a cama. - Diz sorrindo, ele encara o prato e parece estar brincando com a comida.

- Assim como eu quero ? - Otto para de mexer no salmão e olha para mim sinto minhas bochechas arderem e seguro meu garfo com força. 

- Como senhorita ? 

- Nada - Digo sorrindo - Talvez o efeito do vinho esteja fazendo você imaginar coisas. - Ele balança a cabeça como se estivesse concordando e pega sua taça. 


-  Se eu estivesse no seu lugar, também iria querer. - Mordo minha língua e o observo beber o vinho. Não digo nada e volto a  encarar meu salmão, não percebi o tamanho da minha fome até dar a primeira garfada, Otto também se cala, os únicos sons são os das ondas e dos talheres se movimentando, estou prestes a terminar meu prato quando a aquela música começa  a tocar, a mesma música que dançamos pela primeira vez.

- Planejou isso também ? - Pergunto.

- Não, mas talvez seja o universo conspirando a nosso favor.  - Sorrio e encaro minha taça de champanhe, seria minha quarta ou minha sétima taça ? - Então vamos, não podemos desapontar o universo e perder essa chance. - Otto estende  a mão para mim e me levanto, ele passa o braço em minha cintura, me puxando para perto, deixo meu corpo se movimentar no mesmo ritmo que o dele enquanto o piano toma de conta de local e as ondas anunciam sua presença atrás de nós, a mesa mais próxima está a um metro de distância, em algum lugar no escuro, permito-me relaxar e apoio minha cabeça em seu peito, já que seu pescoço é alto de mais para alcançá-lo daqui. 

 - Se soubesse que aquele beijo no estádio nos traria até aqui, teria feito tudo da mesma forma. - Ele diz baixinho em minha orelha fazendo os pelos da minha nuca se eriçarem. 

- Eu também. 

-A única coisa que me arrependo e de não ter estado lá quando levaram você de mim querida.

- Otto, não pense nisso, não agora, concentre-se no aqui no agora, e agora - Digo encarando-o - Está perfeito de mais para não se concentrar nele.

- Você roubou meu coração senhorita Richards. 

- E você o meu senhor Brown - Digo, Otto se aproxima de mim e me beija leve, demorado e suave. Como se fosse a primeira vez, a medida que a música vai acabando nossos corpos continuam em movimento sem que nossas bocas se desgrudem.

 Não ouço mais nem uma música atrás de mim e continuo beijando Otto, seus lábios macios fazem algo se agitar abaixo da minha barriga, o trago mais para perto e o sinto, está excitado, projeto meu corpo mais para perto do dele e roço em seu membro.

- Aqui não querida.

- Por que não ? 

- Pode ter alguém tirando fotos no escuro.

- Desculpe.

- Não se desculpe, acho que está na hora de irmos embora, o que você acha ?

- Que amanhã tem aula e preciso dormir cedo. - Digo sorrindo o fazendo sorrir também, Otto aperta a campainha e um garçom traz a conta, ele pega um cartão e retira algumas cédulas de cem para o homem que sorri agradecendo a generosidade, Otto segura forte em minha mão e fazemos nosso caminho de volta pelo túnel de palmeiras, o porsche preto está a nossa espera quando chegamos, ele dirige rápido e quando dou por mim já estamos na frente do hotel, a quantidade de fotógrafos aumentara enquanto  estávamos fora, ele dá a volta e entramos pelos fundos do hotel, indo direto para o elevador, que está vazio. Otto me beija mais uma vez enquanto subimos, sinto sua mão na fenda do meu vestido e outra em minha cintura, me trazendo para perto, me prendendo contra sua ereção.

     O elevador se abre e nos viramos para sair mas não chegamos no nosso andar, algumas pessoas entram e ficamos encarando o monitor esperando o elevador chegar no último andar.

- Você é Aurora Richards ? - Pergunta uma mulher com chapéu branco e o rosto avermelhado, deve ter passado o dia na piscina. 

- É, sou - Digo sem graça.

- Pode tirar uma foto comigo ? - Encaro Otto que sorri travesso e indica levemente com o rosto, solto minha mão da sua e fico próximo a mulher. 

- Claro - Digo me juntando a mulher e das duas meninas que também estão vermelhas, o homem que só nos observava pede para que Otto retire a foto enquanto se junta a nós, tento dar o meu melhor sorriso quando o flash nos cega, o elevador para e se retiram. 

- Vida de celebridade.

- Não, eles só queriam uma foto com a filha de Heloise Richards.

- Eles queriam uma foto com uma mulher maravilhosa - Otto me puxa para seus braços coloca um braço em minhas pernas e o outro embaixo dos meus braços e me tira do chão, o elevador para novamente, meu vestido fica pendurado enquanto ele caminha até a porta e  abre trava com um cartão, ele atravessa o quarto e me coloca com delicadeza na cama, trago seu rosto para próximo ao meu e o analiso, toco seu lábio com meu polegar e em seguida o trago para perto selando seus lábios com os meus, aos poucos sinto seu corpo contra o meu.

     Otto se deita por cima de mim, desfaço o nó de sua gravata que cai em algum lugar da cama, ele me puxa para cima, me fazendo sentar em seu colo, enquanto o beijo, meus dedos continuam desfazendo os botões de sua camiseta branca, quando finalmente consigo desabotoar  o último a puxo para trás mas ela se engancha nos pulsos e não sai, dou um sorriso nervoso e ele me olha terno, com paciência, ele retira as abotoaduras dos pulsos e volto a beijá-lo, com mais intensidade, sentindo seu peito quente e definido junto ao meu. 

     Otto beija meu pescoço enquanto meus dedos passeiam por seu corpo, levo uma de minhas mãos até sua cabeça e puxo seu cabelo fazendo-o me olhar, mordo seu lábio inferior e o puxo, ele faz o mesmo com meu lábio superior antes de sua língua voltar a invadir minha boca, sinto sua mão subindo por dentro do vestindo, o levantando e acariciando minha coxa, levando seus dedos para mais longe, sinto seus dedos na lingerie preta de rendas e prendo sua língua em minha boca e a chupo lenta e vagarosamente, os movimentos o despertam, ele segura minhas nádegas e me imprensa contra seu membro duro dentro da calça, sento em cima dele e movo meu quadril, fazendo-o reproduzir um som baixo, ele encrava seus dedos em minhas nádegas e movo minha cintura novamente, ele deixa seu corpo cair na cama e caio por cima dele, retiro suas mãos de meu quadril e as levo para cima de sua cabeça, ele permite ser preso por mim, seguro cada uma de suas mãos com as minhas e me sento em cima de seu membro sentindo sua elevação embaixo de minha virilha, movo minha cintura para cima e em seguida para baixo, ele ergue a cintura dele e eu prenso a minha contra a sua, cada vez mais, volto a beijá-lo enquanto minha cintura repete movimentos para cima e para baixo em seu membro.

     Não demora muito e os movimentos começam a ficar rápidos, quero mais, quero senti-lo mais, solto uma das mãos de Otto e a levo para seu cinto, brigo com sua fivela que finalmente sai e encontro o botão de sua calça, com os dedos o expulso do feixe e abro seu zíper fazendo com que sua cueca preta apareça, sento-me em cima do zíper agora aberto e o sinto mais, mais duro, grande, grosso. 

   Forço minha mão a ir para trás de sua cintura e ele ergue a cintura abaixo de mim,  me fazendo suspirar alto, pressiono contra ele que repete o movimento e solto um arfada, é delicioso, continuo pressionando quando sinto sua mão em minha cintura, logo a outra, ele está me mantendo parada enquanto roça vagarosamente seu membro contra mim.

     Otto tenta se levantar mas caio por cima dele, mantendo-o parado e deitado enquanto roço minha cintura em seu membro, ele vira o corpo com força me derrubando e ficando por cima de mim, ele retira a calça ficando apenas de boxer preta, sinto seus dedos nas laterais do vestido, está procurando o zíper, quando o encontra ele o abaixa com urgência fazendo com que o vestido se desprenda do meu corpo, sento-me na cama e ele puxa o vestido por minha cabeça, me deixando de lingeries, ele joga o vestido no mesmo lugar que jogou a calça, no chão, sinto seus dedos em meus cabelo, me trazendo para si, ele morde meus lábios e assim como fiz, chupa minha língua com força,  desce seus beijos pela minha bochecha e meu pescoço até chegar em minha orelha, Otto se deita contra mim, abro minhas pernas dando lhe passagem e ele pressiona seu membro com força enquanto sua língua invade minha orelha, suspiro alto e sinto sua mão em meu seio, prendo minhas pernas contra sua cintura, mantendo-o ali e mecho meus quadris, gemo quando pressiona com força, sua boca desce e chega a meu pescoço, em contra partida a cada centímetro que sua boca desce sua cintura se afasta, prendo forte com minhas pernas  mas ele continua descendo. 

- Não - Peço baixinho, Otto me encara e sorri, está com o queixo perto dos meus seios. 

- Terá a noite toda para fazer isso querida, agora feche os olhos e retire as pernas de trás de mim - Faço o que ele pede e descruzo minhas pernas e as mantenho dobradas enquanto ele permanece sobre mim, sinto sua boca quente em cima do meu seio esquerdo, sinto seus dedos em meu seio direito, sinto-o beijando meu seio e meu coração acelera, ele abaixa meu sutiã e chupa meu mamilo, sinto sua língua desenhando pequenos círculos e em seguida ele usa  os dentes.

  Otto chupa mais uma vez e faz um pequeno barulho, chupa novamente, me fazendo gemer, sua mão direita aperta o bico do meu peito direito enquanto sua boca trabalha habilidosamente  em meu seio esquerdo, seguro sua cabeça contra meio seio e me pressiono contra ele, fazendo-o chupar com mais intensidade, solto um gemido alto e ele continua. A sensação e delirante, mas quero mais, quero ele profundo quero ele por cima, quero que ele me penetre. 

Leia o Primeiro Capítulo.

Capítulo 1. Uma Face Conhecida.

        Há alguns anos o país de Lori conheceu a história de uma amizade verdadeira. Graças a coragem de uma garota de dezesseis anos, outr...